All kinds of gains
Okay,
então… primeiro post neste novo projeto.
Esta
era uma vontade que tinha já há algum tempo (1/2anos), mas que teve algumas
alterações ao longo do tempo: inicialmente queria fazer deste um espaço de
criticas (literárias, de restaurantes, temas da atualidade, etc), mas progressivamente
a ideia foi mudando para um foco mais ao nível de uma temática que me é
bastante mais familiar, e sobre a qual penso poder ter um contributo bastante
maior para aqueles que vierem a acompanhar o blog: desporto/fitness.
Numa
breve introdução, tenho 21 anos, pratiquei futebol até aos escalões de juvenis,
e posteriormente dediquei-me durante 3 anos ao atletismo. Habituado a ser
aquele rapaz que treinava mais “asério” que todos os outros mas que depois
nunca tinha resultados condizentes, chegou finalmente uma época em que tudo
apontava para a obtenção de mínimos de participação em campeonatos nacionais
(tinha já marcas em estrada que praticamente correspondiam ás exigidas em pista,
e para as quais teria ainda alguns meses de treino). De uma maneira muito
sumária, posso dizer que na ultima serie de um treino especifico para a época
de corta-mato caí, abri o joelho e tive de levar pontos e, vá-se lá perceber
porquê, desde aí que durante 2 anos tentei recomeçar, e as lesões tendem a
aparecer. Desde compressão do nervo ciático, a joelho, tendão de aquiles e canelites, foi um festival.
Posteriormente dediquei-me ao ciclismo, o que
correu muito bem durante um tempo. Mas que posteriormente começou a apresentar
as mesmas problemáticas que a corrida.
O mais complicado quando se tem uma paixão, seja ela qual for, é que esta nos seja negada, não por negligência da nossa parte, mas por motivos que nos são alheios. E foi isto que sinto que aconteceu comigo. A partir de certo ponto, a constante instabilidade (acima de tudo mental), que advinha dos meus problemas fisicos e de não poder fazer o que queria, começou a prejudicar outros campos, e ao fim de este tempo de tentar e voltar a tentar, optei por parar, e para não ficar estudante a “tempo inteiro”, dediquei-me
ao bodybuilding. É verdade. Ao contrário da malta que cada vez mais cedo se mete nos ginásios a "encher", eu só após 21 anos de existência, e com uns meros 55kg's na altura da foto (Março) comecei oficialmente a,
como se costuma dizer, “malhar” (momento em que me apercebi o quão lastimáveis
eram os meus índices de força), mas isso irei abordar mais detalhadamente num
futuro post.
Bem,
e que mais? Vou agora para o 4º ano da licenciatura em fisioterapia e acho que
o que tenho aprendido a nível principalmente muscular e da fisiologia do
exercício, aliado à experiência que tive dos anos em que fui treinado e
posteriormente me treinei a mim mesmo, me dão grandes bases para poder abordar
os mais variados temas associados principalmente á prática do atletismo e
ciclismo, mas de um modo geral, do desporto, visto que tirando determinadas especificidades
de cada atividade, o desenvolvimento muscular guia-se pelos mesmos princípios.
Outra
coisa que me faz algo entendido (ou pelo menos assim quero pensar!) no assunto,
é o facto de terem sido duas coisas ás quais fui absolutamente devoto.
Pesquisava e procurava sempre a melhor maneira de treinar para otimizar os meus
resultados e alcançar marcas cada vez melhores, desde as noções comuns aos
resultados de estudos aos quais tivesse acesso e achasse credíveis.
E
sim, claro que se calhar agora um pensamento compreensível é: “mas se te estás
sempre a lesionar, os teus métodos não são assim tão bons”. Bem.. cometi a minha
dose de erros, isso é certo! E não, não tenho de curso de treinador. O meu “saber”
é de experiência e pesquisa, mas muitas das minhas “maleitas” têm na base uma
questão de desequilíbrios musculares associados a uma dismetria dos membros
inferiores (a minha perna esquerda é significativamente maior que a direita), e
não tanto erros metodológicos ou de programação.
O
ano passado tive o meu primeiro “pupilo”. Procurei além de planificar o treino,
fazer o acompanhamento em termos da massagem, visto que é uma componente que
faz também parte do meu curso, e, depois de forçado a seis meses de paragem, conseguiu
voltar ao nível em que se encontrava antes da lesão, com uma carga de treino em
muito inferior á antes utilizada, pelo que a nova época se adivinha propicia a
novos recordes pessoais! Este ano vou ter mais uma experiência, com uma das
sensações do pelotão “popular” (entenda-se malta não profissional), que há de
correr igualmente bem e sobre o qual, dependendo do vosso interesse, poderei ir
dando algum feedback.
Feita
a apresentação e contextualização, vou procurar semanalmente abordar um tema
que ache que pode ser útil á melhor compreensão do processo de treino e aumento
da eficiência do mesmo, porque para melhorar é preciso bem mais do que só o
correr, pedalar ou levantar os pesos, os principais ganhos vêm das dos mais
pequenos detalhes (all kinds of gains).
Sugestões
de temas, aceitam-se J
Até
um próximo post!
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